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Obrigado pela sua atenção, Marianna e Adair

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Beleza...

E aí galerê!!!


Publiquei a terceira parte do preimeiro capítulo pela metade porque eu não ia deixar vocês mais curiosos...
A última fala está ainda pela metade ainda, mas esperem para ver a continuação dela.
Tenho que contar um acontecimento engraçado que aconteceu essa quarta dia seis de Janeiro...

Eu estava afim de ir ao cinema e olhar um filme convidei uma melhor amiga (Pra quem conhece - Ana Carolina) para ir olhar comigo Alvin e os Esquilos 2 (com as Esquiletes) junto com a minha irmã (Pra quem conhece - Sarah) e mais uma amiga dela (Pra quem conhece - Mônica)...
O filme é muito engraçado. Rimos muito e nos divertimos pra caramba.
Depois da seção nos dirigimos para a praça de alimentação.
Compramos um ovomaltine e sentamos em uma mesa para conversar.
Estávamos conversando quando uma grande idéia surgiu em nossas cabeças:
- Vamos jogar UNO!!
Pra piorar ainda compramos um prato imenso de batatas fritas e ficamos comendo e jogando.
E no fim acabamos jogando UNO no Shopping até a hora de nós irmos embora!
Tem coisa mais ridícula que se pode fazer no Shopping??
Beijos e abraços!
- Marianna


Amo vocês leitores que estão acompanhando a história maluca do Eddy!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

1º capítulo - Escolhido (3)

Me levantei e olhei para trás. Verifiquei se não havia ninguém atrás de mim, procurando o sujeito que talvez pudesse ter se dado o luxo de me assustar. Me surpreendi. Não havia ninguém. Eu já tinha certeza que eu estava ficando louco.

Não está não.

Parei de respirar por um tempo. Essa, agora, era outra voz. Mais grave e rouca, mas também masculina. Será que era a minha suposta consciência?

Não, bobo - Uma voz de garota assumiu meus pensamentos.

O que era então? Tornei a correr e mais rápido. Chegando na rua da minha casa, percebi que as vozes que eu escutava antes tinham sumido. Fiquei aliviado, era apenas a loucura. Abri a porta de casa, que ainda estava destrancada, e subi silenciosamente até meu quarto. Ainda estava tudo em seu lugar. Meus pais não tinham sentido minha falta ainda.

Troquei de roupa rapidamente e desci as escadas voando. Grudado na Geladeira, por três imãs, havia um bilhete com a caligrafia da minha mãe: "Filho" dizia ela...

"Eu e teu pai fomos ao mercado e voltaremos só às 14:00. Sabemos que você saiu e foi botar a cabeça no lugar. Espero que você obtenha resultado. Te amamos muito, beijos mamãe."

Li e reli as letras para ver se eu tinha entendido direito, mas não havia erro. Notei que eu estava com muita fome. Abri a geladeira e olhei para dentro. Era por isso que eles foram ao mercado? Não havia absolutamente nada na geladeira! Não iria agüentar de fome. Droga...

Saí e fui até a casa de Darren. De imediato ninguém atendeu, mas depois a mãe dele avisou que ele não havia chegado de sua viagem com os primos. Andei em direção a casa de Anne. Parei em frente a casa dela, mas não bati. Sentei no meio fio da calçada e fiquei parado, ali, pensando.

Estava um vento danado, mas que era bom. Meu cabelo insistia em voar pra trás. Fechei os olhos e deixei o vento tomar conta de mim. Quando acordei já estava escurecendo.

- Eddy?!

Levantei a cabeça e abri os olhos. Alguém bem alto estava em minha frente. Acho que não devia me surpreender. Era Anne. Mas ela estava alta, pois eu estava sentado. Anne não era muito alta, comparado a mim. Ela era baixinha, mas, além disso, combinava com seu porte de moleca princesinha.

- Eddy? - repetiu ela - O que você está fazendo aqui?? - Ela sentou-se ao meu lado no meio fio e segurou meus ombros impedindo-me de levantar e sair correndo.

- Oi - foi só o que eu consegui dizer

- Está tudo bem com você?

- Aham - murmurei. Não achava resposta melhor pra dar

- Vamos entrar - Ela se levantou e fez muita força para me ajudar a levantar, eu devia estar pesado - Você parece estar com fome... - isso era verdade

Ela desistiu e eu levantei.

- Noooossa Eddy! Como você está alto! - Isso também era verdade. Eu estava realmente bem alto. Um metro e oitenta e oito talvez...

Depois que ouvi isso fiquei preocupado, mesmo sabendo do acontecimento, e corri pra casa a fim de me olhar no espelho novamente. Cheguei em menos de três minutos. Corri para meu quarto e eu estava bem alto mesmo. Muito, mas muito alto. O espelho estava começando a ficar pequeno demais perto de mim. Ouvi a chave girar na fechadura da porta da frente da minha casa no primeiro andar. Sinal que meus pais finalmente havia chegado em casa, meio tarde demais. Eles não chegariam às duas? Deixei quieto.

Mas, como essa história de crescimento rápido seria possível? Eu agora também estava escutando tudo perfeitamente no primeiro andar lá em baixo. Eu senti que conseguia ouvir tudo o que meus pais cochichavam e sussurravam. E eu estava mais rápido também... Isso seriam sintomas de amadurecimento? Crescimento? O que seria?

Desci as escadas em um pulo, não senti meus pés tocarem o chão, só escutei um baque surdo. Meus pais sorriram pra mim e eu dei um meio sorriso torto. Quando me pus ao lado de minha mãe, ela notou meu surto de crescimento e ficou espantada.

- Eddy! Como você cresceu! - ela esticou o pescoço e ficou na ponta dos pés para beijar meu rosto

- Hum - murmurei indiferente. Não era só ela que tinha observado isso

Eu estava mais alto que meu pai, que era mais alto que muitos de nossa cidade.

- Pois é filho - disse meu pai com um sorriso malicioso

- Não sei por que, mas... - eu comentei

Subi as escadas correndo. Lavei o rosto e tentei dormir. No momento em que eu me deitei na cama e me espreguicei ouvi meu celular tocar. Mas não achei o perto de mim.

- Filho, celular! - Gritou meu pai do primeiro andar

Corri até ele para atender. Era Anne.

- Olá?! - disse ela confusa - Ahn, Eddy! Você está bem?

- Estou - falei meio sonolento - eu estava indo dormir, sabia? - disse meio nervoso

- Hum... Me desculpe - ela ficou em silêncio e eu, calmamente, esperei

- O que você queria falar mesmo? - E lá se vai meu sono

- Ah, não me lembro agora. - houve um baque forte e depois ela reclamou - Ai! - devia ter batido a cabeça na parede para tentar lembrar. Eu esperei em silêncio.

- Lembrei! - Ela exclamou depois de um tempo, e eu pulei ao lado do telefone, mas foi se susto mesmo.

- Que foi?! Que foi?! Alô?

- Eddy, eu lembrei o que eu queria falar!

- Diga então... - falei depois de um enorme bocejo

- Ai, bom... Como posso dizer?

- Comece pelo início - incentivei com uma piada para amenizar o ar tenso do momento

- Que engraçado... - Murmurou ela sem um pingo de graça na voz - Você parece estar tão estranho. Você teve um surto de crescimento, está mais "forte" - escutei ela desenhando as aspas no ar, do outro lado da linha.

- Hum - murmurei, procurando fazer uma voz um tanto mais despreocupada possível - Acha mesmo?

- Tenho certeza.

- Legal - Depois pensei - E o que você está pensando em fazer? Fugir? Quer que eu vá embora? - Disse irritado

- Não sei. Estou pensando...

- Me liga quando decidir

- Não desligue - gemeu ela

- Você vai me deixar me abandonar. Acha que sou uma aberração. Tem vergonha de ficar comigo.

- Não desligue - repetiu

Desliguei

Deitei na cama, e tentei procurar vontade para dormir, mas só o que tinha era raiva. Raiva de mim. Porque tudo acontecia comigo? Boa pergunta. O alvo sempre era eu. Resolvi levantar. Minha barriga há pouco tempo, tinha começado a pedir comida. Estava vazia, oca. Desci as escadas e havia luz na sala de estar.

Quando dei uma espiada, era só meu pai olhando reprises chatas daquelas séries antigas de televisão.

Abri a porta da geladeira e o cheiro de comida encheu meu estômago. Mas só peguei um refrigerante e voltei para o meu quarto, pois logo seria o jantar.

Aquela culpa por eu ter desligado o telefone na cara de Anne estava me tomando, então liguei novamente com um tom mais suave em minha voz.

- Alô? Eddy? - Senti a felicidade mudar sua voz e entrar pelos meus ouvidos

- Sim. Ahm... Eu liguei apenas para pedir desculpas por ter desligado o telefone na sua cara, eu estava meio irritado. Por que pensei que ia te perder. - Eu disse acanhado. Como era difícil falar isso em voz alta.

- Bom, não se preocupe... Aquilo não foi realmente nada.

- A bom... Então, acho que vou desligar. Então... - Falei meio pra dentro - Tchau

- Tudo bem, tchau - E depois ela desligou.

Coloquei o telefone no gancho e ouvi minha mãe me chamar. Jantei em silêncio. Meu pai só falava do jogo de baseball que passava na TV e minha mãe falava de uma história de uma amiga de longe que tinha vindo visitá-la durante o final de semana. E eu só escutei. Quando terminei de jantar, subi para o quarto e pensei no que eu deveria fazer a respeito do meu caso com Anne.

Qual devia ser a melhor decisão a tomar? O que meu pai diria sobre isso? Será que eles me apoiariam, ou só falariam pra eu me virar sozinho? Foi pensando nisso que dormi.

Acordei no outro dia e a luz ainda estava acesa. Troquei de roupa, decidido. Anne gostaria da surpresa. Quando cheguei no colégio e ia falar com ela, ela me esperava sem estar rodeada por suas amigas Emily e Haley. O que devia ter acontecido com elas? Bom, isso não me importava a final, era assunto de garotas. Ela acenou e se juntou a mim. Eu estava tremendo de nervosismo. Pensava que tudo ia dar errado.

Entramos na sala. O professor já estava começando a dar matéria nova para a próxima semana de provas. Anne sentou-se ao seu lugar ao lado de Emily e ela se trocaram beijinhos amigáveis. Eu sentei-me ao meu lugar, que agora não era mais ao lado de Martin, mas sim, ao lado de Darren.

Eu daria tudo para dar um soco na cara dele naquele instante mesmo, na sala. Ele olhava para Anne como se fosse agarrá-la e fugir dali e ir para bem longe. Rouba-la de mim. Mas ele sabia do que eu estava prestes a fazer. A aula passou muito rápido, mas eu nem prestei muita atenção nisso. Eu estava tentando achar um jeito mais educado e romântico para pedir Anne em namoro.

O sinal tocou e Darren saiu correndo. Sumiu. Melhor assim. Não teria que ver ele por mais algumas horas. Anne pegou seu lanche e sentou-se à minha frente. Eu nem estava com fome, seria mais capaz eu comer e vomitar tudo depois do que fixar alguma coisa na minha barriga agora.

Quando percebi que o bar já estava bem cheio eu aproveitei para botar o meu plano em prática. O nervosismo me tomou.


- Anne – eu comecei – Eu pensei que, bom, talvez você quisesse, ou quer... – gaguejei – Bom, queria saber se você aceita... – eu engoli o no que se formava na minha garganta e ela também não disfarçava muito seu nervosismo. Roia a unha e mexia em algumas mechas do cabelo entre os dedos. – Quem sabe, vamos conversar outra hora? – sugeri

- Não! – gritou ela e várias outras pessoas que lanchavam no bar conosco, se assustaram– Na verdade, acho que devíamos falar o que temos pra falar um pro outro agora mesmo... – Ela se recompôs e sorriu amarelo para as pessoas que ainda nos olhavam.

- Bem, se é assim... – eu pensei – queria saber se você não gostaria de ser minha na-namorada. – ela percebeu meu tremor e não demorou logo pra responder. – A menos que você não queira... – estremeci com a idéia

- Claro, claro... – ela fingiu pensar e depois riu entusiasmada. – Sim! Claro que sim, Eddy! Eu amo você! – ela gritou

Ela me abraçou forte. Estávamos muito felizes naquele momento especial.

Depois do recreio eu não sabia que expressão estava no meu rosto. Só sabia o da Anne: Alegria, felicidade... Quando cheguei em casa, tomei um banho demorado e depois desci para comer algo.

Eu estava com fome, mas não fome de cachorro-quente, de bolacha recheada ou chocolate. Era fome de carne. Carne fresquinha e suculenta – Minha boca salivou.

Corri para a cozinha e preparei um bife com batatas fritas. O bife foi embora num segundo, mas na hora de comer as batatas elas não estavam com o mesmo gosto. Abri o lixo ao lado da pia e joguei sem cuidado nenhum as batatas fora. Mas eu ainda sentia fome.

Fiz omelete – com cinco ovos – mas sem salame. Só um pouco de carne picada junto para dar um gosto bom. E ainda com tudo isso só daria para agüentar até a janta no máximo.

Subi as escadas, cansado e lembrei que ainda não tinha feito o dever de casa. Abri meu caderno. Haviam temas de três matérias chatas. Português, biologia e cálculo. Resolver os problemas de cálculo não era tão difícil assim. Passei logo para o dever de biologia. Esse até era fácil demais. Logo estava no de Português.