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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

1º Capítulo - Escolhido (1)

Em uma cidade na capital da Geórgia, nos Estados Unidos, que se chamada Bellingham, com mais ou menos 75.150 milhões de habitantes, é onde se localiza minha pequena casa. Moramos entre três: eu, minha mãe e meu pai.


Minha escola, Bellingham High School, tem em cerca de mil e quinhentos alunos. Estudei lá desde a minha infância junto com uma de minhas melhores amigas, Anne.

Anne era uma pessoa que vivia estudando, mas também era só de chocolate. Um presente que ela gosta? Humm, chocolate! É uma questão de tempo até se acostumar a comprar só chocolates de presente.

Tirando isso, ela e uma garota simpática, extrovertida, animada, amiga, e o melhor de tudo é que nos conhecemos há bastante tempo e ainda temos muito tempo juntos pela frente. Mas agora, o que importa é acompanhar esse rumo que estou seguindo agora na escola e depois me importar com o meu futuro.

Anne acha que quer ser Advogada, eu talvez vá cursar Geografia. Mas inda tenho que aprender a dirigir...

-x-

Acordei cedo. O sol não tinha nascido ainda. Abri os olhos e olhei para o teto, confuso, e ainda estava escuro. Eu ainda estava sonolento quando me levantei da cama e tropecei nos meus pés até o banheiro.

Escovei meus dentes e desci as escadas nas pontas dos pés, mas ainda consegui esquecer os dois últimos degraus e caí no sofá. Por sorte a queda foi silenciosa, tirando o baque surdo e o rangido que o sofá fez. Pois se os meus pais vissem a cena, iriam com certeza me matar.

Arrumei-me rapidamente para ir à escola, pois já eram 06h00min e a aula começa 07h00min. O ônibus estava chegando, então não tomei café da manhã e só comi um Donuts de baunilha e corri pra fora.

Quando cheguei à escola, correndo do ônibus, vi Anne no celular, mas como estava atrasado iria falar com ela depois.

Como eu já era conhecido há anos na escola pelos professores, eles sempre me dão assuntos difíceis nas matérias, mas por algum motivo, que não sei qual, fiquei com a mais fácil: “Fale sobre algum ser mitológico”. Claro que fiz sobre minha “espécie” preferida, mas a professora me deu 6,5 pelo fato de ela ter achado muita bobagem.

Quando tocou o sinal, corri para meu armário, onde, no fim do corredor, havia um garoto totalmente perdido. Fui até ele para ajudá-lo.

- Oi. Meu nome é Eddy – Arrisquei

- Oi Eddy – Disse ele timidamente

- Está perdido? – Perguntei sorrindo, talvez assim ele se sentisse melhor.

- Sim – Disse ele rapidamente – A propósito, meu nome é Darren.

- Deixe-me ver seu horário – Tirei um papel, dobrado e desdobrado mil vezes, de sua mão e olhei-o – Ah, sim. Você está na minha turma! É na sala 1039.

- A bom, pelo menos já conheci alguém na escola – disse ele pegando suas coisas.

Chegando à aula de economia domestica, o professor deu um trabalho em duplas, logo todos se juntaram, até Anne; como eu iria me sentar com Darren não havia problema nisso.

Quando estava voltando para casa vi Darren também e descobri que ele havia se mudado para o prédio na frente da minha casa.

Após alguns dias eu e ele seriamos ótimos amigos.

Chegando à aula Anne me passou um bilhete que dizia:

“Não conte para o Darren, mas acho-o um gatinho! Beijos Anne.”

Sabia que era dela por seu fim previsível “Beijos Anne” sempre que me escrevia um bilhete era assim. Mas não pude me segurar e contei a ele.

Mandei um bilhete a ele com meu lindo e maravilhoso garrancho que só os professores entendiam. Ele gritou no meio da aula:

- O que! - e logo depois tapou a boca de vergonha.

- Espere depois te explico – eu disse rindo baixo.

Quando estávamos voltávamos para casa contei o que tinha acontecido, e ele pareceu gostar do que ouviu.

Entrei em casa e havia um prato na mesa, com um bilhete embaixo, com a horrível caligrafia da minha mãe que dizia:

"Tem uma comida pronta, é só esquentar no micro. Beijos, mamãe."

Acho que garrancho é coisa de família.

Eu aqueci, comi e depois liguei para Darren e perguntei o que ele iria fazer, ele falou que não ia fazer nada, então convidei ele para ir ao cinema, ele topou. Íamos às 15h ver um filme de suspense.

Quando chegamos ao cinema Anne estava lá (não sei se foi por coincidência ou Darren havia a convidado). Comprei os ingressos, dei um ao Darren e fui indo a sala do cinema. Quando percebi, Darren não estava mais lá. Eu continuei vendo o filme, era meio engraçado. Depois que sai, vi-o e Anne atrás de mim. Pensei que algo estava acontecendo.

Eu sai e fingi que não os tinha visto e comecei a anda pelo shopping esperando encontrá-los novamente, mas não tinha nenhum sinal deles por perto. Decidi voltar para casa

Já em casa, liguei a TV e me joguei no sofá. Como não tinha ninguém em casa, só com o barulho dela, peguei no sono e dormi profundamente.

Quando acordei, meus pai já estavam em casa. Eu havia dormido umas 5 horas. Abri os olhas e já estava escuro. Levantei e tateei o balcão da cozinha até achar o telefone. Disquei o número da Anne e esperei.

Ela demorou a atender, e quando atendeu estava rindo.

- Alô?! – disse ela, e depois riu mais um pouco.

- Humm... Anne?! – falei gaguejando

- Sim – ela esperou – Eddy, é você?!

- Sim, o que esta acontecendo? Darren esta ai?

- Ah, humm – ela engasgou e sua voz, num instante, ficou seria – Sim.

- Ah, imaginei. Vocês estão bem?!

- Sim – depois riu novamente – Por que a preocupação?

- Humm, ah, não sei, humm – engasguei também.

- Então ta... – Ela parou e eu esperei – Tchau

- É, tchau – e ela desligou com um “Baque” forte.

Fiquei mal pelo resto da noite, mas teve uma hora em que decidi não esperar mais. Me levantei depressa coloquei qualquer roupa, desci a escada correndo e sai porta afora.

Não era difícil encontrar a casa da Anne a pé. Era só duas quadra depois da minha rua.

A luz da sala estava ligada, sinal que havia gente acordada, mas quem? Fiquei em frente a porta e respirei fundo. O cheiro de amor-perfeito invadiu meu nariz e me deixou mais tranqüilo.

Bati na porta duas vezes e esperei. Alguém assuou o nariz e suspirou. Depois espiou pela cortina e pegou a chave. Quando girou na porta parou e depois abriu.

Seus olhos estavam inchados, devia ter chorado muito. Ela olhou-me nos olhos, seus olhos escuros tocando os meus com medo, e quando ela me viu, se atirou com os braços sobre mim e gritou. Não um grito de horror, mas de conforto.

Eu afaguei seu ombro, enquanto ela chorava mais um pouco. Depois de um tempo ela falou.

- Ah, Eddy... Me desculpe! – Ela fungava molhando minha camisa social pólo.

- Tudo bem, tudo bem – Eu tentava reconfortá-la – Vai passar...

- Não, não vai! – Ela me interrompeu – Eu fui uma idiota! – Ela balançava a cabeça – Me desculpe – Pediu, parecendo implorar.

- Tudo bem – Repeti.

Ela levantou a cabeça e me afastou para olhar em meus olhos. Uma lágrima caía de seus olhos, eu estendi minha mão, segurei seu rosto e sequei a lágrima com meus dedos trêmulos.

Ela sorriu e eu devolvi o sorriso. Seus olhos brilharam e ela voltou a si.

- Ah – Ela esfregou as costas das mãos nas bochechas molhadas, secando suas últimas lágrimas – Você quer entrar?

- Eu estou só de passagem...

Mas antes que eu terminasse a frase, ela me puxou pra dentro da casa dela.

Era ainda a mesma de sempre. Bem arrumada, tudo em seu lugar. A TV ainda ligada no mudo, e havia lenços de papéis espalhados por toda a sala. Anne correu para a sala, tropeçando na mesinha central, e recolheu rapidamente os papéis do chão.

Depois fez sinal pra eu sentar no sofá. Eu agradeci e sentei silenciosamente enquanto ela ainda arrumava a mesinha, o tapete e as cortinas. Após isso, ela se sentou ao meu lado e esfregou os olhos novamente, ou estava com sono, ou ainda estava triste.

Eu segurei sua mão livre e afaguei-a. Ela sorriu novamente e seu rosto se iluminou.

- E o Darren? – Tinha me esquecido completamente dele.

- Pois é. Ele estava aqui.

- Por que ele foi embora? – Estranho. Ele não era bonitinho?

- Ele cansou de falar só sobre você – Ela baixou a cabeça timidamente

- Sobre mim? Mas Por quê?

- Por que eu pedi... – Ela agora estava encabulada

Ela apertou minha mão mais forte

- Mas eu? Por quê? Eu ainda não entendi

- Escute Eddy. – Ela fechou os olhos e respirou fundo – Quando eu disse que eu o achava bonito, não significava que eu gostasse dele!

Ela deitou-se sobre meu peito

- Mas então você... – Eu não queria pensar na palavra

- Sim! Eu te amo, Eddy! – Ela me interrompeu

Eu me afastei dela e saí. Voltei pra casa, dormi e sonhei.

Sonhei com Anne.

No outro dia, ela não foi à aula e eu fiquei preocupado. Será que eu fiz algo errado? Isso era óbvio, mas será que era tanto assim? Fiquei triste. Quando a aula acabou, fiquei com uma sensação estranha e resolvi ir a casa de Anne. Só estava ela em casa. Bati na porta e ela atendeu. Logo ela falou:

- Oi

Eu fiquei calado

- Desculpe por ontem, Eddy – Recomeçou, depois de um tempo sem falar nada.

- A culpa é minha. Não devia ter saído!

- Não? Mas então? Você me ama? – Perguntou com um ar satisfeito

- Não. Quer dizer, sim! – Eu não sabia

- Sim? – Ela estava curiosíssima

- Não...

- Então? É sim, ou não?

Eu fiquei em silêncio

- Eu gosto de você como amigo. – Ela concluiu

- Mas, então porque você disse que gostava de mim como namorado? – Perguntei com espanto

- Na verdade, não me lembro muito bem... – Disse ela com dúvidas. – Parecia que eu estava completamente hipnotizada por você, Eddy!

De alguma maneira, não entendi o que ela estava querendo dizer par mim.

- Eu... Não entendi

- Não sei...

Eu esperei

- Ah, pare de me encher! – Disse ela mais confusa ainda, balançando a cabeça.

- Então ta – Virei as costas e fui embora.

Dormi muito mal.

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